Total de visualizações de página

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A Moça Tecelã

Marina Colasanti

  • Narrador:
Narrador observador.

  • Espaço:
Casa da moça tecelã, onde ela borda.


  • Tempo:
O tempo não é cronológico, é psicológico, onde a moça observa dias de sol, dias de chuva, noite...


  • Personagens:
Moça tecelã – uma moça que possui uma vida monótona que, a princípio, contenta-se com o fato de estar o tempo inteiro tecendo. Podem-se observar também suas preferências pelas coisas simples e pela natureza.
Marido: foi imaginado e tecido pela moça tecelã, que o criou para ser seu esposo e para lhe fazer companhia num dado momento da vida em que se sentia sozinha. Suas principais características são o apego às coisas materiais e a obsessão por luxo e conforto, o oposto da protagonista do conto.



  • Enredo:
O conto narra a vida de uma moça cuja maior felicidade é tecer. Antes mesmo do raiar do sol ela sentava-se ao seu tear e ficava a tecer fios de diversas cores. E assim prosseguia durante todo o dia. Num dado momento da sua vida, percebeu que o tear já não supria todas as suas felicidades, pois se deu conta de que se sentia muito sozinha. Dirigiu-se de imediato ao tear e passou a entremear os fios, os quais tomaram o formato do marido que ela idealizava. Tão logo acabou de tecer, o marido idealizado bateu à sua porta. Feliz ao lado do marido, ela chegou até mesmo a pensar em filhos, mas seus desejos foram logo interrompidos pelos do marido que, dando-se conta do poder do tear, o qual tornava realidade o que era tecido, passou a exigir que ela tecesse uma nova vida para eles. A lista de exigências começou por uma casa. Logo que ficou pronta, o marido percebeu que eles poderiam ter algo melhor e passou a exigir obras cada vez mais ousadas, dentre elas: um castelo, criados, estrebarias, cavalos. O marido chegava a trancá-la na torre do castelo para que ela continuasse a tecer. Uma noite, sentindo-se infeliz com a vida que levava e o marido exigente que havia criado, sentou-se ao tear e passou a desfazer tudo o que havia feito. Voltou a levar a  vida simples que tinha, vivendo sozinha, porém feliz, e  sempre sentada ao tear, pois tecer era o que a deixava feliz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário